quinta-feira, 15 de outubro de 2015

O relógio já aponta quase quatro da manhã e o sono aqui ainda insiste em não chegar. Uma dor no peito chega, talvez como prenúncio de que é essa a ultima dor que sinto por você (ou por falta de você quem sabe?) sabe aquele momento em que depois de muitas conversas inacabadas a ficha cai e a gente se toca de que alguma coisa não é e não serve mais pra gente?

A falta de sono me fez pensar nas inúmeras tentativas que fiz de te segurar aqui e de não deixar nossa historia acabar. Admito. Agora no escuro do quarto vejo que insisti demais. Ignorei todas as suas idas, implorei atenção e quem acredita? Mendiguei carinho, coisa que outrora disse nunca fazer. Um carinho que precisa ser cobrado tem algo errado, não tem?

Admito que ao deixar você ir, permito que parte de mim se vá. É que a gente acaba sempre fazendo planos sabe? Eles se tornam tão nossos, que quando percebemos que não dá pra ser fazem uma tremenda falta. Talvez essa seja a parte, mais difícil do adeus, porque o que se vai é o que ainda nem chegou, mas é como se já fosse nosso. 

Desistir de você é desistir um pouco de mim e do que eu queria. Eu quis tanto você, mas tanto e de uma forma tão bonita, que não consigo nem explicar. Mas não deu certo, nem no começo e uma hora a gente enxerga até o que não quer, até o que não aceita. 

A gente tem prazo de validade pra sentir dor? Pra sentir falta?  talvez não: acho que consigo sentir falta do seu abraço pra sempre. Mas é que não faz mais sentido ficar pensando no que era pra ser, mas não foi e de alguma forma sinto latejando aqui dentro do peito que não dá. É, não dá mais pra insistir.

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